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Todas as cartas de amor...
Autor: Iago Oliveira

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)

Fernando Pessoa
(Poesias de Álvaro de Campos)

PS.: Este poema foi postado apenas para o blog ter "início" e não ficar tão vazio. Aguardem a próxima postagem.

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sexta-feira, 16 de julho de 2010

às 08:16


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9 comentários:

Anônimo

16 de julho de 2010 às 10:46
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disse...

Ebaaaaaaa eu sou a primeira a seguir! hsuahsuh
Boa sorteeeee!
Amo Fernando Pessoa!
Iago.
Cartas de paixonite aguda são ridículas, cartas de amor são raras e lindas!
Beijocas

16 de julho de 2010 às 10:57
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disse...

Obrigado por me seguir, Clarice. Também gosto muito dos poemas dele. Continue me visitando, breve postarei mais. Beijos!

16 de julho de 2010 às 11:07
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disse...

Todas as cartas de amor saem da alma..
Podem até ser tolas, mas são verdadeiras!
;D

16 de julho de 2010 às 12:53
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disse...

Concordo, Karla.

16 de julho de 2010 às 12:56
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disse...

Concordo com a Karla.
Mas adorei sua forma de expressão.

17 de julho de 2010 às 13:43
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disse...

Adorei^^
Poste mais.

17 de julho de 2010 às 14:15
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disse...

Vocês mandam, abraço!

28 de dezembro de 2010 às 15:25
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disse...

Procuro há muitos anos uma poesia de Pepê Hornes, artista multimídia gaúcho: "Carta de Adeus à Um Amor Impossível" e não encontro.
Adoraria receber de alguém esta maravilha.
Muito Agradecido!
Obrigado!
Amém!

31 de julho de 2016 às 17:03
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disse...

Eu Também procuro pelo poema de Pepê Horne, carta de adeus a um amor impossível, se cada um postasse o pedaço do poema que guarda na memória, quem sabe consiguissemos ele inteiro...